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Oferecer mundos e fundos não é o nosso negócio

| 23 de julho de 2008

Já ouviram aquele clichê “O barato sai caro?”. Nem sempre. É uma estupidez dizer que tudo o que é barato não presta. Eu gosto de comprar coisas baratas. É eu ver um site com alguma promoção e o meu instinto de consumidor já fica aguçado, a mão coça, o olho cresce e eu me torno um comprador em potencial. Isso acontece quando eu vejo essas lojas de produtos chineses a preço baixo.

O que devemos prestar atenção é que este “barato” é relativo. Desta vez, posso ser fundamentalista: SEMPRE é relativo. Eu não quero aqui fugir da ética e puxar a sardinha pro lado da Via Hospedagem em relação à concorrência, pelo contrário. Concorrência é saudável. Porém nunca podemos comparar o preço de um produto ou serviço pelo custo intrínseco do produto. Não posso dizer que a Hospedagem A é mais barata que a Hospedagem B porque a mensalidade custa 2 reais mais barato. O custo x benefício é um dos fatores que faz do “barato” ou “caro” serem relativos.

A Hospedagem A te oferece 5gb de espaço em disco MAIS 2 terabytes de tráfego de dados por 20 reais mensais. Você, como cliente, arregala os olhos e num upa corre pra lá.

Vamos analisar essa fartura. Quanto você realmente precisa de espaço em disco? Faça um teste: gere um backup do SQL do seu site/blog e baixe uma cópia do diretório onde fica hospedado. Se você usa hospedagem compartilhada (e aqui estamos falando apenas desta modalidade), este valor não deve, na grande e esmagadora maioria dos casos, ultrapassa os 400mb. Pra uma grande parcela, ainda, vai chegar aos 200. Levando-se em conta que também a maioria das hospedagens que oferecem essa quantidade astronômica de espaço em disco têm uma cláusula no contrato (que possivelmente não leu) impedindo de usá-la como disco virtual, pra que diabos você precisa de 5 gigabytes de armazenamento?

Outra: 2 terabytes de tráfego de dados. Você, por acaso, vai disponibilizar uma espécie de big brother com 18 câmeras transmitindo imagens de alta qualidade para 200 pessoas simultaneamente? Já chegamos num consenso que você não vai usar seu domínio como mirror ou disco virtual, certo?

Ainda sobre a transferência de dados contratada, cabe dizer que o “normal” é que um servidor dedicado esteja conectado a um switch numa porta de 100mbps. Conjecturando dessa forma e fazendo um cálculo nem tão complexo assim, analisando a capacidade desse servidor transmitir dados 24h por dia, 30 dias do mês, o número mensal que ele trafega aproxima-se aos 4 terabytes por mês. Se você usar os 2 tera que oferecem, em cada servidor há capacidade para apenas dois clientes. 40 reais por mês sequer chega a 10% do valor de um servidor, presumindo que o hospedeiro seja uma instituição beneficente e não tenha lucros.

A realidade é diferente. No mundo real, longe de onde vive Pollyana, sabemos que mesmo nos grandes datacenters dos Estados Unidos, onde os custos de telecomunicação são mais viáveis, um servidor BOM e ESTÁVEL não sai por menos de 280 dólares. Apenas e tão-somente apenas para PAGAR o investimento, a 20 reais você consegue apenas igualar os custos colocando 20 contas de usuários, independente dos recursos oferecidos. Como também já concordamos aqui que os datacenters não são grandes instituições beneficentes, ONGs etc., há necessidade de colocar o lucro.

E é aí que a porca torce o rabo. Porque se o preço é baixo, há necessidade de se ganhar no volume, na quantidade. Se eu atolo o servidor de contas de usuários, além de aqueles números estratosféricos serem totalmente virtuais, o desempenho do serviço cai pelas tabelas.

É por essas e por outras que você nunca vai ver na Via Hospedagem um plano “Econômico”. Se você não leva o seu projeto a sério, caro possível cliente, desculpe-me. Você não serve pra nós. Digite “hospedagem” no Google e eu posso te garantir que a concorrência vai me ganhar nesse quesito. Eu tenho um plano acessível, e ele possui 10gb de transferência de dados (mais de 30% da blogosfera, por exemplo, não utiliza 10gb de transferência/mês), mas se você compará-lo com os números poderosos da vizinhança, vai acabar achando caro. Comprova-se que barato ou caro é relativo.

O meu compromisso com esse serviço, e isso não é papo de candidato a prefeito, é mantê-lo estável e funcional, com os recursos do servidor sempre muito bem racionados a ponto de ninguém sofrer as consequências de uma má administração e super-população. E este serviço, sim, não custa dois maços de cigarro na padaria do Zé.

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